Conforme NUNO COBRA, um dos maiores especialistas em educação física do país, “o xadrez é realmente um excelente exercício para o cérebro e exige muito das emoções. A pessoa adquire um senso muito prático de organização, concentração e desenvolve de forma muito especial a memória. O xadrez trabalha a imaginação, memorização, planejamento e paciência. Nas escolas do primeiro mundo, o xadrez já é praticado há décadas, onde os alunos além de todo esse desenvolvimento citado, melhoram muito sua disciplina, relacionamento com as pessoas, respeito às leis, às regras” […].
De fato, muitas pesquisas educativas relacionadas com o xadrez provam a influência positiva deste jogo sobre seus praticantes. Por exemplo, há mais de 100 anos, BINET foi o primeiro que começou a estabelecer as relações entre o xadrez e sua influência sobre aspectos da mente, tais como inteligência, concentração, imaginação e memória. Mais recentemente, na “Venezuela, o Ministério da Educação apresentou conclusões significativas sobre o chamado Projeto Xadrez: o estudo sistemático do xadrez não somente estimula a inteligência, como os avanços alcançados no campo intelectual tendem a manter-se no tempo”.
Em entrevista cedida à revista Veja, o ex-campeão mundial GARRY KASPAROV aponta que “o xadrez ajuda a melhorar a atenção, a disciplina, o pensamento lógico e a imaginação. Não é por acaso que, nas 13.000 escolas americanas onde se ensina xadrez, as crianças têm melhor desempenho em disciplinas como matemática e redação. Elas também demonstram ter um senso de responsabilidade mais aguçado”.Na seqüência, o entrevistador indagou: qual é a relação entre xadrez e senso de responsabilidade? O Grande Mestre Internacional, brilhantemente, respondeu: “está na moda dizer que tudo que acontece de ruim é responsabilidade de todo mundo. O jogo coloca as coisas no seu devido lugar: é você quem responde pelo movimento de suas peças, e mais ninguém. Como na vida, você é o único responsável pelos próprios atos”.
Valioso é também o ensinamento do Árbitro Internacional de xadrez ESTEVÃO TAVARES NETO: “o xadrez proporciona a um praticante criatividade, concentração, memorização, paciência, disciplina, respeito a adversários, árbitros e leis e isso já é o suficiente para formar um cidadão com o caráter que a sociedade exige e em condições adequadas para ser bem sucedido na vida”.
Tais assertivas não são inventadas. Elas fundamentam-se em análises das inúmeras experiências feitas com o xadrez aplicado nas escolas e em outros segmentos da sociedade. Basta tomarmos mais um exemplo, o da Inglaterra, onde, após introduzido o ensino de xadrez no currículo de algumas escolas, o aprendizado subiu de nível.
O ensino de xadrez é também defendido por WILSON DA SILVA, mestre em Educação pela UFPR e doutorando também em Educação pela UNICAMP. Para ele “o xadrez merece crédito, porque ensina às crianças o mais importante na solução de um problema, que é saber olhar e entender a realidade que se apresenta. […]. É comum notar crianças fracassando em matemática, por exemplo, por não entenderem o que o enunciado do problema lhes diz. Não sabem analisá-lo, aprendem fórmulas de memória; quando encontram textos diferentes não acham a resposta correta. […]. Em uma época na qual os conhecimentos nos ultrapassam em quantidade e a vida é efêmera, uma das melhores lições que a criança pode aprender na escola é como organizar seu pensamento, e acreditamos que essa valiosa lição pode ser obtida mediante o estudo e a xadrez”
Em Varginha, há alguns anos temos ensinado xadrez em escolas municipais, contando com o apoio da Secretaria de Esportes, este ano ainda não obtivemos resposta ao projeto de ampliação do ensino para outra escola, além da Escola Municipal Santinha Sales e da Escola Municipal Maria Aparecida Abreu. Com a palavra… o senhor prefeito.
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